Arruda pode responder por crime eleitoral após vídeo zombando da aparência de Ibaneis Rocha

Arruda pode responder por crime eleitoral após vídeo zombando da aparência de Ibaneis Rocha


Um vídeo que circula nas redes sociais e em grupos de WhatsApp voltou a colocar o ex-governador José Roberto Arruda no centro de uma nova polêmica. Nas imagens, ele aparece ao lado de um advogado fazendo comentários ofensivos e debochados sobre a aparência física do governador Ibaneis Rocha, o que pode configurar crime eleitoral.

De forma preconceituosa, Arruda afirma que “achava Ibaneis mais feio por dentro do que por fora”, provocando risos no ambiente. A gravação rapidamente viralizou, gerando forte repercussão negativa entre aliados políticos e juristas, que apontam possível violação da legislação eleitoral vigente.

Enquadramento legal

O artigo 326 do Código Eleitoral tipifica o crime de injúria eleitoral, caracterizado por “ofender a dignidade ou o decoro de alguém” durante a propaganda eleitoral ou no período de campanha. A Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições), por sua vez, estabelece no artigo 57-D que constitui propaganda eleitoral irregular a divulgação de conteúdo ofensivo à honra ou à imagem de candidato adversário.

Dessa forma, a conduta de Arruda pode ser interpretada como um ataque à honra e à imagem do atual governador, configurando infração passível de punição judicial.

Possíveis sanções

Nos bastidores jurídicos, comenta-se que o ex-governador e o advogado poderão ser interpelados judicialmente por ofensa à imagem e por preconceito. Caso sejam condenados, a pena pode chegar a três meses a um ano de detenção, além de multa. A legislação prevê ainda a possibilidade de retratação pública como forma de atenuar a penalidade.

Clima político tenso

O episódio ocorre em um momento de forte movimentação política no Distrito Federal, às vésperas da reorganização dos grupos partidários para 2026. A declaração de Arruda reacendeu críticas sobre sua postura e reabriu o debate sobre os limites éticos do discurso político.

Resta saber se o ex-governador optará por um pedido de desculpas público ou se manterá o tom debochado que marcou o vídeo — gesto que, segundo analistas, pode custar caro tanto na Justiça quanto na arena política.



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