O homem que botou fogo na gameleira histórica na quadra comercial 704/705 Norte é um advogado de 37 anos. A árvore de mais de 40 anos, símbolo da Asa Norte, passou três dias em chamas, desde domingo (12/10).
Em depoimento prestado na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), o advogado disse que estava na companhia do filho no momento em que causou o incêndio. Ele relatou que teria usado um isqueiro para matar formigas próximas à árvore.
“O autor se mostrou arrependido, alegando que foi uma brincadeira infeliz para entreter o filho que estava inquieto. Ele disse que acreditou ter apagado a ‘fogueirinha’. Quando foi informado da proporção tomada pelo incêndio, acionou imediatamente o Corpo de Bombeiros Militar do DF”, informou o delegado-chefe da 2ª DP, Paulo Noritika.
Por meio de registro de câmeras de segurança, os investigadores conseguiram identificar o autor do incêndio criminoso na árvore histórica.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram duas pessoas próximas à árvore no momento em que as chamas começam a se espalhar rapidamente pelo tronco.
Em seguida, um clarão intenso toma conta da base da gameleira, sugerindo o possível uso de material inflamável.
Veja:
De acordo com o delegado, o incêndio resultou na morte da árvore, quebra das vidraças das fachadas dos estabelecimentos próximos e expôs a vida dos moradores da quadra ao perigo.
Diante do flagrante, o advogado foi indiciado pelo crime contra o meio ambiente, incêndio, dano qualificado e perigo para a vida e/ou saúde de outrem. Caso seja condenado, pode pegar até 11 anos de prisão.
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Chamas consomem a gameleira entre as quadras 704 e 705 Norte e assustam moradores da Asa Norte
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Fogo de grandes proporções atinge gameleira da Asa Norte e levanta suspeita de ação criminosa
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Chamas consomem a gameleira entre as quadras 704 e 705 Norte e assustam moradores da Asa Norte
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Retirada
Na quarta-feira (15/10), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) iniciou a retirada da gameleira, trabalho que deve ser concluído até sexta-feira (17). Seis caminhões estão sendo utilizados no transporte do material vegetal, que será encaminhado ao Viveiro II da companhia.
Segundo a Novacap, a remoção foi inevitável devido ao estado avançado de deterioração causado pelo incêndio. “Não havia possibilidade de recuperação, pois a parte interna da árvore estava totalmente destruída”, informou o órgão em nota.